FESTIVAL PARAENSE SUB-15: MINUTAGEM E VISIBILIDADE INÉDITAS PARA O FUTEBOL FEMININO
Por Assessoria FPF.
Neste fim de semana, o CEJU, em Belém, foi palco de um marco para o futebol feminino no Pará: a primeira edição do Festival Paraense de Futebol Feminino Sub-15. Com cinco equipes participantes — Cabanos, Tiradentes, Remo, Boca Juniors e Paysandu — o evento ofereceu uma oportunidade inédita para jovens atletas disputarem uma competição federada, que consagrou o Tiradentes como campeão. No entanto, o verdadeiro destaque do festival foi o espaço inédito conquistado pelas meninas do Sub-15, representando uma nova fase de crescimento para o futebol feminino paraense.
Este avanço faz parte de uma evolução ainda maior. Em 2021, o Pará contava com apenas uma competição feminina, com 35 jogos ao longo de todo o ano. Já em 2024, o número de competições subiu para nove, somando mais de 200 jogos, o que representa um crescimento de mais de 700% em relação a três anos atrás. O planejamento da FPF é seguir expandindo, com a meta de realizar 12 competições em 2026. Esse fortalecimento da estrutura competitiva foi essencial para dar a Remo e Paysandu a experiência necessária para ingressarem na Série A2 do Campeonato Brasileiro Feminino, e abrir uma terceira vaga para o Pará agora para a Série A3.
“Nunca antes nossas meninas tiveram tanto tempo de bola, tanta experiência em campo”, destacou a diretora de futebol feminino da FPF, Izabel Luna. Segundo ela, a ausência de competições federadas para essa faixa etária era uma lacuna que agora finalmente foi preenchida pela gestão atual da Federação. “Estamos vendo o que faltava no nosso futebol, e este festival veio para mudar essa realidade, para o desenvolvimento de cada uma dessas jovens atletas, que finalmente puderam mostrar o que são capazes de fazer em campo”, completou.
Outro pilar de destaque é o crescimento da arbitragem feminina. Durante o Festival Paraense Sub-15, todas as partidas foram apitadas por árbitras mulheres, uma iniciativa que reforça o espaço conquistado por elas. “É uma ocasião única para as atletas da base e também para a arbitragem feminina, que está ganhando cada vez mais espaço no cenário estadual e nacional”, afirmou Gleika Oliveira, árbitra presente no evento, que neste ano atuou na Série A do Campeonato Brasileiro.
Para essas jovens jogadoras, o festival representa mais do que uma competição: é uma porta aberta para o futuro. Em um momento em que Belém se candidata a sede da Copa do Mundo Feminina de 2027, o Pará está se consolidando como um verdadeiro celeiro de talentos e uma referência crescente no cenário do futebol feminino brasileiro.
Fotos: Omar Reis e ASCOM FPF