Nota Oficial sobre caso de xenofobia em Marabá.

NOTA OFICIAL
Em 2023 a Federação Paraense de Futebol, durante o “PARAZÃO BANPARÁ 2023”, desenvolveu o programa “PARAZÃO INCLUSIVO”, um conjunto de ações voltadas a combater todos os tipos de preconceitos que afligem a sociedade paraense. 

Na semana entre 22 e 25 de fevereiro, o “PARAZÃO INCLUSIVO” abordou a xenofobia, em todos os seus tipo, inclusive a xenofobia regional, que nada mais é do que o preconceito quanto a origem interna da(s) pessoa(s) atacada(s), fato tipificado como crime pelo art. 140 do Código Penal Brasileiro, com pena de reclusão de 1 a 3 anos.

Assim, foi com muita tristeza e indignação que a FPF recebeu imagens de integrantes de uma Torcida Organizada do Clube do Remo sendo chamados de “índios” quando da sua chegada ao estádio “Zinho de Oliveira” na cidade de Marabá, por ocasião do primeiro jogo da Final do “PARAZÃO BANPARÁ 2023”.

Nas imagens, não se pode identificar o agressor e, mesmo que pudesse, temos plena convicção que a atitude não representa a opinião do filiado Águia de Marabá Futebol Clube e, muito menos, do povo Marabaense já que, por óbvio, todos somos filhos do mesmo chão.

O termo índio, por si só, já representa um equívoco ao se referir a qualquer um da população paraense, já que o termo deriva da percepção errônea dos colonizadores portugueses que, ao chegarem no Brasil, encararam os habitantes que aqui encontraram como um povo primitivos. Nada mais equivocado. 

A grande maioria da população paraense tem sim origem nos povos indígenas, mas, isso nada tem a ver com a palavra “índio”, já que o termo indígena se refere ao povo que é natural de um país ou que nesse se estabeleceu antes de um processo de colonização. É justamente essa origem que nos torna únicos, seja no nosso biotipo, na nossa música, no nosso artesanato, na nossa culinária e em tudo que faz do Pará um lugar singular no mundo.

A FPF, por outro lado, vem empreendendo esforços para conscientizar as torcidas e a população em geral sobre a necessidade do futebol ser uma ferramenta de inclusão social e fatos como esses mostram que a luta esta longe do fim. Precisamos criar uma cultura de cordialidade, hospitalidade e tolerância entre as diversas torcidas do estado. Precisamos fazer diferente, para sermos diferentes. Futebol não combina com violência e muito menos preconceito.

Diga você também não ao preconceito, seja o qual for.

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